sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Haverá alguém como eu?

Após uma grande ausência...regresso com um texto sobre a minha pessoa. Foi-me pedido para um portefólio de português que escrevesse uma introdução sobre mim...não sabia bem o que escrever...como não podia exceder as páginas saiu-me isto...


Foi-me pedido que escrevesse um texto sobre a minha pessoa, e cá estou a apresentá-lo. Ao inicio foi difícil saber o que escrever, pois a proposta poderia ter diferentes vertentes. Poderia ser apenas uma apresentação teórica e simples, com o nome, idade, escola, e tempos livres. Ou então algo mais pessoal, sobre o interior, sobre o que sou e não quem sou. Decidi assim, escrever o que estava a sentir na altura.
Sou uma pessoa bastante simples, mas que torna a vida numa coisa bastante complexa, tal como toda a gente. Não sei se é por ser demasiado sentimentalista, por ser demasiado ingénua, e sofrer demais, uma coisa é certa, vivo muito a vida…cada dia como se fosse o último, e isso pode ou não ser vantajoso. Uma pessoa triste? Não! Muito pelo contrário, até bastante alegre e sempre a rir. Mas como todos sabem, a solidão é meio caminho andado para a lágrima. E quando dou por mim, sozinha num espaço, com o som do nada, e a visão do tudo, é difícil não começar a pensar na vida. Nas coisas boas e más que passaram por mim. As coisas boas, são para guardar, as más para apagar. Todos os dias, traço como meu objectivo realizar essas árduas tarefas. Até hoje tenho-me saído bem sucedida. Mas nunca sozinha. Porque uma amizade é tudo, eu posso dizer que tenho grandes amigos que me ajudam a viver cada dia, e eu os deles. Porque uma grande amizade é assim. Eu não digo que tenho muitos grandes amigos, porque não tenho. Mas os que tenho, são de qualidade máxima. Disso não tenho vergonha alguma em gabar-me e muito menos de dizer que quem dera a muitos ser a minha pessoa para terem uns amigos assim.
Desde que me lembro que sou uma pessoa demasiado “boazinha” no que torna a conhecer pessoas. Bem, depende, quando são as minhas amigas a querem conhecer alguém, eu até tenho olho para a situação e consigo rapidamente perceber se é a pessoa indicada, mas quando é comigo, não é bem assim. A ilusão invade o meu corpo de uma maneira monstra, de tal maneira que tudo me parece cor-de-rosa e por vezes é bem negro. Ignorância? Inocência? Não sei. Penso que é mais, ingenuidade. Mas todos temos de ter defeitos, e este é provavelmente um dos grandes que apresento. Mas a cada dia que passa, tento melhorar e tornar esse defeito numa grande qualidade.
A vida é a melhor escola que todos podemos ter, e eu já tenho grandes lições, experiências de vida não me faltam. Já passei por muito, já perdi pessoas muito importantes na minha vida, e tive de aprender a lidar com isso, já confiei em pessoas à primeira vista, tendo trazido grandes consequências, já chorei por quem disse jurar nunca o fazer. Mas nem tudo é mau nesta escola. Aprendi a perdoar, aprendi a confiar, aprendi a não exigir, aprendi a gostar, aprendi a rir, aprendi a crescer, aprendi a viver! Sei que ainda tenho muito a aprender, e muito viver…muitas emoções ainda estão para vir e muitos arrepios ainda tenho a sentir…mas com o tempo tudo irá acontecer…tudo a seu tempo, porque não devemos ter pressa…a pressa nunca levará a perfeição.
Muitas pessoas neste mundo se consideram perfeitas. Oh não, eu não sou uma delas e com muito orgulho. Para mim não existe o perfeito. Isso exige perfeição e isso está longe de mim. Nunca tentei, nem nunca tentarei alcançar esse andar pois quem sobe muito alto, sujeita-se a cair. Não me contento com pouco, tenho força de vontade em ser melhor, mas nunca chegar ao perfeito.
Ambições? Tenho várias. Ambiciono ser alguém na vida, ter um bom emprego, após ter tirado o curso que quero. Todos sabemos que a crise está a porta de qualquer pessoa, mas eu não ambiciono ter um emprego que me dê muito dinheiro, mas que me dê razões para chegar a casa com um sorriso. Quero ser engenheira mecânica, na área da robótica. Não me interessa ser conhecida por ser rica, mas sim por ter feito algo por este mundo. Gostava de criar algo útil para todos, algo que alguém visse e dissesse “isto sim é o que todos precisávamos para um mundo melhor”. Esta é talvez a minha maior ambição, logo a seguir a ser feliz.
Com tudo isto, posso então dizer, que sou uma rapariga de dezasseis anos, que anda no 11ºano de escolaridade, na escola secundária Sebastião e Silva, que usufruiu e quer continuar a usufruir da melhor maneira da vida, que tem grandes amigos, que tem grandes alegrias mas que sabe lidar com tristezas, que sabe perdoar, que é ingénua, carente mas sabe lidar com isso, mas principalmente, que é feliz! =)